A Epigenética estuda as modificações que ocorrem ao nível dos genes que formam a sequência do DNA. Cada gene contém um código com as características herdadas dos pais. Existem alterações na expressão ou ativação dos genes, chamadas de “modificações epigenéticas”, que se manifestam desde a vida embrionária. Novas modificações surgem ao longo de toda vida daquele organismo, causadas por inúmeros fatores do ambiente externo e interno ao nosso corpo. Algumas dessas alterações podem levar ao desenvolvimento de doenças no nosso organismo. Como exemplos destes fatores, temos: o estilo de vida, o tipo e a origem dos alimentos e bebidas que ingerimos, a poluição do ar que respiramos, cigarro e inúmeras condições agressivas com as quais temos contato cotidianamente como a radiação de exames de RX, TC, RNM, as ondas eletromagnéticas de antenas e aparelhos celulares, de aparelhos de micro-ondas com potências que danificam nossas células, uma atividade profissional estressante, os efeitos de traumas e  pensamentos ou sentimentos de tristeza, de perdas, de raiva, e ainda muitos outros fatores que podem levar ao estresse crônico.

As modificações epigenéticas, que ocorrem em todas as células do nosso organismo, estão intimamente ligadas à ‘fisiologia de adaptação” das células, ou seja, à forma como todas as funções e processos que ocorrem dentro das células vão se modificando para se adaptarem ao estímulo do ambiente. Se o estímulo for ruim (como os fatores citados acima)  esses processos celulares vão apresentando falhas ou disfunções. E é essa a base de grande parte dos processos que desenvolvem as doenças. 

Além disso, a condição epigenética pode ser transmitida hereditariamente, de geração para geração, ou seja, o bebê já pode nascer com distúrbios de adaptação decorrentes de modificações epigenéticas desenvolvidas pelos pais e avós. Portanto, cada indivíduo possui uma soma de modificações epigenéticas que o torna um ser único.